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Eternal Strands - Análise

Foto do escritor: PS Talks BlogPS Talks Blog


Quando Eternal Strands foi anunciado, de cara já me chamou a atenção. Inspirações foram claras, e elas não podiam ser melhores, Shadow of the Colossus e The Legend of Zelda: Breath of the Wild. Com muitos jogos seguindo sempre as mesmas fórmulas, ter mais jogos onde o mundo é reativo e um playground para ser criativo, sempre faz bem.


Só restava saber se tudo isso seria feito com qualidade. E nisso o jogo tem sucesso, mas o que eu não esperava é que todo o resto seria tão cansativo e frustrante, o que deixou a minha experiência com o jogo negativa no geral.


Breath of the Colossus


Eternal Strands é um jogo de ação e aventura de mundo semi aberto, nele jogamos com Brynn, uma jovem tentando entrar no Enclave, uma terra há muito tempo selada, para recuperar o lugar de seus ancestrais. O Enclave, que antes era um lugar rico em cultura e magia, agora esquecido. Brynn não está sozinha, e acompanhada de um grupo com objetivos semelhantes, consegue entrar nessa terra e assim o jogo realmente começa.


Seu foco é completar missões em mapas específicos que vão ficando disponíveis no decorrer da história. O jogo tem um grande foco na coleta de recursos, que ao voltar para o acampamento podem ser usados para forjar novos equipamentos ou melhorar suas bolsas de poções e de recursos para poder carregar mais itens durante suas expedições. 


Quase tudo no jogo é destrutível e isso resulta em recursos, ao morrer você perde tudo que coletou com exceção de alguns que você pode escolher manter. Durante essas explorações vários inimigos estarão presentes para dificultar sua vida, e em cada mapa há um chefe lendário, grandioso e essas batalhas são o ponto alto do jogo. É nelas que a influência de Shadow of the Colossus é mais aparente, tendo que escalar as criaturas e destruir pontos específicos, com cada uma tendo sua particularidade.


Contra a criatura de gelo você precisa derreter os cristais de gelo pelo corpo, expondo os pontos vulneráveis, o gigante de armadura você tem que destruir pontos dessa armadura para quebrá-la e por aí vai. Há também uma outra maneira de derrotar esses seres, que é roubando sua essência. Cada um dos chefes tem um quebra cabeça para liberar a possibilidade de pegar a essência, alguns são mais trabalhosos que outros.



Obstáculos a serem escalados


O combate é variado, temos três opções de armas, uma espada e escudo, uma espada de duas mãos e um arco. Usá-los não é muito satisfatório ou profundo, mas cumpre seu papel. A melhor parte vem dos “fios” que são magias que podem te dar uma grande vantagem. Existem três tipos: as cinéticas, de fogo, e as de gelo. Cada uma com três variações, totalizando nove.


Dentre elas temos um jato de fogo, uma granada de gelo, e poder mover objetos e arremessar nos inimigos, sendo essa uma das coisas mais divertidas do jogo. Além disso, colocar fogo em um inimigo e depois perceber que toda a mata ao redor começou a pegar fogo e você começou a tomar dano, é desesperador, mas muito divertido. Infelizmente o jogo não pede muita criatividade nos encontros ou usos interessantes na exploração, vai de você usar ou não, criar sua própria diversão, algumas dessas habilidades podem ser ignoradas quase que totalmente, o que é uma pena.


A história em nenhum momento me cativou, e os personagens apesar de terem designs interessantes também não me causaram alguma impressão. Ele até tenta. Há momentos que existe a tentativa de criar uma união entre os personagens da sua base, cada um servindo um propósito, mas não funciona, e após perceber isso o jogo se tornou 100% focado no gameplay pra mim e após algumas horas, esse foi o ponto mais forte.



Jornada quase eterna


O estado técnico não é dos melhores, o jogo crashou duas vezes, em vários momentos a performance ficava sofrível e tive vários bugs, o maior foi no boss final, onde na primeira fase da luta a IA dele desligou, e ficou só tomando dano até entrar a cutscene e mudar para a segunda fase. Fora isso, teve inimigo sumindo, a protagonista sendo jogada pra fora do mapa e outras coisas semelhantes, mas durante o período de análise houve patches de correção, então esses problemas já podem ter sido resolvidos.


Sempre tento terminar todos os jogos que faço análise, aqui foi extremamente pedante, o jogo se torna tão maçante na parte final, com objetivos que parecem mais requisito de troféus do que realmente missões de história.


São dezenas de missões de pegar itens em um mapa específico, voltar para a base, só para ter que ir para outro mapa pegar mais um material, e esse ciclo continua. Parece trabalho e não missões da campanha de um jogo. Se fossem missões secundárias, daria para relevar, mas quando quase todas as missões principais seguem essa fórmula, é um grande ponto negativo, e quando seu objetivo difere disso, também não é algo muito distinto ou empolgante, e provavelmente terá que repetir isso mais algumas vezes.


Nada é único, tudo você faz mais de uma vez. A duração do jogo poderia ser cortada pela metade que só iria melhorar a experiência. Levei 30 horas para chegar ao fim da história, com zero incentivo para fazer o que faltou. É um jogo que nunca jogaria novamente.



Conclusão 


No fim é um jogo que não tem muito do que se falar. Vai agradar uma parcela de jogadores que gosta dessa ideia de usar o mundo como uma arma, escalando criaturas, mas o jogo também tem que capturar a pessoa, algo que não aconteceu comigo. O looping de gameplay cansou rápido e se o mesmo não acontecer com você, terá uma boa experiência.


E se a história te cativar, melhor ainda. Eternal Strands não é um jogo ruim, mas seus vários problemas e decisões estruturais não fazem dele um bom jogo também, mas a mensagem final que deixo é: esse é um estúdio novo, com muitos talentos, e com ótimas ideias já no seu primeiro projeto Se lapidadas, pode vir algo especial no futuro.





Análise escrita por Gustavo (@Ceythian) A cópia do jogo foi cedida pela Yellow Brick Games

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